As intervenções da Guarda Civil Municipal para coibir festas ilegais atendem solicitações de vizinhos incomodados com a algazarra. Os eventos geralmente avançam pela madrugada com música em volume alto, consumo de bebida alcoólica e drogas, baderna no trânsito e até sexo em público.
Segundo a secretária de Segurança e comandante operacional da GCM, Judite de Oliveira, o mais grave é que os frequentadores, na maioria, são menores de 18 anos. Quando as equipes da GCM chegam, raramente tem um maior responsável presente.
O problema, explica a secretária, é que são festas com ingressos pagos e comércio de bebidas, promovidas na ilegalidade, em chácaras sem alvarás e que não oferecem condições de segurança para eventos com grande número de pessoas.
Os convites são vendidos, inclusive, pela internet, através de redes sociais. Em um caso recente, o convite era oferecido por R$ 10,00 na compra antecipada ou R$ 15,00 na hora do evento. Os frequentadores são identificados por pulseiras ou carimbo de leitura a laser.
A partir de reclamação de moradores das Chácaras Pantanal, a GCM já encerrou festa do gênero em uma chácara com aproximadamente 800 pessoas. No local, foram apreendidos drogas e frascos de lança-perfume.
No dia 8 deste mês, a corporação foi chamada a intervir em outra festa, em uma propriedade da Vila Paraíso, com cerca de 300 pessoas num espaço com capacidade para bem menos.
Essa festa estava marcada para acontecer em uma propriedade das Chácaras Flamboyant, em Mogi Mirim, no dia 22 de fevereiro, com início às 21h30, de acordo com convite divulgado. Judite de Oliveira ainda não sabe o motivo de ter sido cancelada na cidade vizinha e transferida para Mogi Guaçu.
A ação da Secretaria de Segurança está amparada em lei e, desde o ano passado, já produziu vários boletins de ocorrência de perturbação do sossego devido a som alto e baderna, além de infrações de trânsito por direção perigosa, empinar motos e excesso de velocidade nas proximidades da festa.
ALERTA
Devido à predominância do funk carioca entre os gêneros musicais tocados, especialmente o estilo funk conhecido como “pancadão”, e pelas letras com expressões chulas, essas festas são anunciadas como “bailes funk” e atraem principalmente adolescentes para ambientes inadequados a menores.
udite de Oliveira tem alertado aos proprietários das chácaras. Eles justificam ter alugado o imóvel sem saber a verdadeira finalidade do uso pelos locatários. Segundo a secretária, os proprietários têm acatado a recomendação de não alugar para festas ilegais sob pena de serem responsabilizados pelo que vier a acontecer.
Todas as intervenções da Guarda Civil Municipal estão registradas em boletins de ocorrência e já há casos encaminhados ao Ministério Público e à Vara Criminal.