Os preços da gasolina em todas as refinarias brasileiras estão, em média, 5% mais altos, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Mesmo com a queda do preço do petróleo no mercado internacional, o preço da gasolina no Brasil permanece elevado, acima dos praticados no Golfo do México, referência usada pelos importadores. Segundo a Abicom, para se alinhar ao mercado externo, o valor do litro poderia ser reduzido em R$ 0,16.
O diesel, embora em menor intensidade, também apresenta preços mais elevados no Brasil. A Refinaria de Mataripe, na Bahia, única unidade privada do país, contribui para essa diferença, com uma defasagem de 3% em relação ao mercado internacional. Já nas refinarias da Petrobras, o preço do diesel tem se mantido estável, com uma defasagem positiva média de 1%.
Mesmo diante dessa discrepância, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que não há previsão de redução nos preços da gasolina e do diesel, mesmo com a queda do petróleo. A instabilidade no mercado global da commodity e outros fatores internos têm mantido os preços dos combustíveis no Brasil em patamares mais altos.
A manutenção dos preços mais elevados nas refinarias brasileiras abre espaço para importações, segundo a Abicom, mas também impõe desafios ao consumidor final, que enfrenta uma gasolina mais cara do que a média internacional. A política de preços da Petrobras e a influência da Refinaria de Mataripe serão fatores cruciais no cenário de combustíveis nos próximos meses.