A fim de tranquilizar a população de Mogi Guaçu em face do alarde causado por interpretações equivocadas do que se tem noticiado sobre a Febre Amarela, a Secretaria Municipal de Saúde de esclarece:
1 – O Município de Mogi Guaçu não é considerado Área de Risco e não tem registrado nenhum caso autóctone (de contágio local), assim como também em todo o Estado de São Paulo. Mogi Guaçu também não tem nenhum caso importado.
NÃO HÁ, PORTANTO, NENHUM MOTIVO PARA ACORRER AOS POSTOS MÉDICOS PARA RECEBER A VACINA INDISCRIMINADAMENTE.
2 – Como as demais cidades sob a jurisdição da Diretoria Regional de Saúde de São João da Boa Vista, Mogi Guaçu consta de Área de Recomendação de Vacina em razão da localização próxima a Áreas de Risco.
3 – São consideradas Áreas de Risco pelo Ministério da Saúde, isto é, onde a doença é endêmica, as regiões Norte e Centro-Oeste e parte das regiões Nordeste, Sudeste e Sul.
3 – Tal recomendação visa estabelecer uma Barreira Imunológica para evitar que o vírus penetre o território do Município, e por isso a orientação do Ministério da Saúde é intensificar a vacinação da população da Zona Rural.
4 – Serão imunizados também moradores da Zona Urbana que trabalham na área rural e pessoas que irão viajar para as Áreas de Risco. Numa segunda fase, serão vacinadas pessoas que frequentam a Zona Rural por lazer ou morem em propriedades às margens de rios.
5 – De fato, a vacinação da população rural, estimada em quase 7.000 habitantes, e de quem trabalha na área rural já é realizada em Mogi Guaçu desde 2010, e já está sendo intensificada, inclusive com mutirão a ser realizado no próximo sábado, dia 11.
5 – Na rotina das UBS (Unidades Básicas de Saúde ) e USF (Unidades de Saúde da Família), a vacina contra Febre Amarela já é disponibilizada para todos os bebês de 5 a 9 meses desde 2015 e agora também para crianças menores de 5 anos de idade.
6 – Quem já tomou as duas doses da vacina já está imunizado. Para quem ainda não foi vacinado é necessário observar as contraindicações. Segundo a Vigilância Epidemiológica, a vacina contra Febre Amarela é contraindicada para pacientes com baixa imunidade, exceto se em condição de risco iminente após avaliação médica, idosos acima de 60 anos ou doentes crônicos, casos também sujeitos a recomendação médica, e pessoas com alergia a ovo.
7 – A Febre Amarela é uma doença SILVESTRE. Os últimos casos de Febre Amarela URBANA registrados no Brasil ocorreram há 74 anos, em 1942, no Estado do Acre, na Região Amazônica.
8 – A doença é transmitida principalmente por dois mosquitos, o Haemagogus e o Sabethes, e, mais raramente, pelo Aedes aegypti, que também é vetor dos vírus de dengue, zika e chicungunya.
9 – O vírus da Febre Amarela não é transmitido diretamente dos macacos aos humanos, razão pela qual não se devem matar esses animais. Estando o macaco infectado, a doença pode passar para humanos através da picada do mosquito. O macaco, na verdade, serve como um “termômetro” para que as autoridades da Saúde saibam se o vírus está por perto ou não.