O Brasil enfrenta uma das piores epidemias de dengue dos últimos anos, com mais de 6,5 milhões de casos prováveis registrados entre janeiro e agosto de 2024. Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde revelam um cenário alarmante, que contabiliza 5.244 mortes confirmadas pela doença e outras 1.985 ainda sob investigação. O coeficiente de incidência da dengue no país é de 3.201,4 casos para cada 100 mil habitantes, evidenciando a grave disseminação do vírus em diversas regiões.
As estatísticas também mostram uma diferença significativa na distribuição dos casos por gênero, com 55% das infecções ocorrendo em mulheres e 45% em homens. As faixas etárias mais afetadas são as de 20 a 29 anos, 30 a 39 anos e 40 a 49 anos, enquanto os grupos menos atingidos incluem crianças menores de 1 ano, idosos com 80 anos ou mais, e crianças de 1 a 4 anos. Esses dados sugerem uma vulnerabilidade maior entre adultos jovens, que representam a maior parte dos casos.
São Paulo é o estado que registra o maior número de casos graves ou com sinais de alarme, totalizando 24.825 notificações. Em seguida, estão Minas Gerais, com 15.101 casos, Paraná, com 13.535, e o Distrito Federal, que acumula 10.212 ocorrências graves. Por outro lado, estados como Roraima, Acre, Rondônia e Sergipe apresentam os menores números de casos graves, com 3, 11, 33 e 62 registros, respectivamente.
Diante desse quadro, o Ministério da Saúde intensificou as campanhas de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue. Autoridades de saúde ressaltam a importância de medidas simples, como evitar o acúmulo de água parada, uso de repelentes e busca imediata por atendimento médico ao surgirem os primeiros sintomas. A rápida identificação e tratamento da dengue são cruciais para reduzir a mortalidade e controlar o avanço da doença no país.