Todos já sabem que comer com saúde é essencial para garantir mais qualidade de vida. E para que a rotina do dia a dia se mantenha equilibrada, não podemos subestimar a importância dos carboidratos. De acordo com Marcela Tardioli, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI), de maneira equivocada o carboidrato muitas vezes é associado ao ganho de peso. “Constituído por moléculas de carbono, oxigênio e hidrogênio, o carboidrato é a nossa principal fonte energética, que abastece o sistema nervoso central, mantem o bem-estar do cérebro e fornece ‘aquela’ disposição para o nosso corpo”, diz.
Uma pesquisa realizada em novembro de 2018 por cientistas da Universidade de Sydney, na Austrália, sugere que uma dieta com pouca proteína e rica em carboidratos pode ser uma alternativa para preservar a saúde do cérebro e prevenir o declínio cognitivo, podendo ajudar a prevenir doenças como o Alzheimer.
A falta de carboidratos pode causar desde mau hálito, tonturas, dores de cabeça e cansaço físico até alterações de humor, além de carências de fibras e outros micronutrientes. Marcela explica que qualquer regime que restrinja a ingestão de calorias vai levar à perda de peso, o que não significa que seja saudável. “Para uma dieta ideal o correto é que seja feito o consumo variado de alimentos dentro de todos os grupos alimentares, ou seja, o que realmente proporciona uma melhor qualidade de vida e perda de peso é saber comer com equilíbrio”, pontua.
Criado em 1999, pela pesquisadora Sonia Tucunduva Philippi, do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), o modelo brasileiro de pirâmide alimentar nada mais é do que um gráfico que indica a proporção que cada tipo de alimento que deve ser ingerido para que nosso organismo tenha todos os nutrientes necessários para uma vida saudável. “O carboidrato está presente na base deste gráfico, o que significa que deve ser ingerido em um número maior de porções diárias do que os demais grupos”, conclui a nutricionista.