Acordo Mercosul-UE: Alckmin destaca impacto positivo na economia brasileira

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O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou os benefícios do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia para a economia brasileira. Segundo ele, o tratado, anunciado nesta sexta-feira (6), poderá impulsionar o crescimento do PIB, aumentar as exportações e reduzir a inflação. “É uma agenda extremamente positiva. Após anos de negociação, finalmente celebramos o anúncio deste acordo”, afirmou.

Estudo do governo estima que, até 2044, o acordo gere um impacto positivo de 0,34% no PIB brasileiro, equivalente a R$ 37 bilhões, e um aumento de 0,76% nos investimentos, somando R$ 13,6 bilhões. Além disso, espera-se uma redução de 0,56% nos preços ao consumidor e um acréscimo de 0,42% nos salários reais. O tratado também poderá elevar as exportações para a União Europeia, com projeções de alta de 6,7% na agricultura, 14,8% nos serviços e 26,6% na indústria de transformação.

Alckmin reforçou que o tratado inclui salvaguardas para proteger setores estratégicos, como o automotivo, de surtos de importações gerados pela liberalização comercial. Esses mecanismos foram apontados pelo ministro como avanços significativos em relação à pré-negociação de 2019. Ele também elogiou o papel do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na retomada das negociações em 2023 e a postura do governo argentino, presidido por Javier Milei, como fatores fundamentais para a conclusão do tratado.

Apesar do otimismo, Alckmin ressaltou que o acordo ainda precisa passar por etapas formais antes de entrar em vigor. Ele destacou que a resistência de alguns países europeus, como a França, poderá ser superada, reforçando que o tratado beneficia ambas as partes. “É bom para o Mercosul, para a União Europeia e para a geopolítica mundial, promovendo parceria e diálogo em um momento de fragmentação global”, concluiu.