Apesar das chuvas dos últimos dias terem aliviado um pouco a situação do rio Mogi Mirim, a empresa Sulamericana vai manter a oxigenação da água junto à saída de efluentes da fábrica, situada no bairro do Aterrado, zona Leste da cidade. A oxigenação está sendo feita 24 horas por dia, sem interrupções.
Com as altas temperaturas e estiagem prolongada deste verão, o volume do rio vem diminuindo e isso acaba comprometendo a quantidade de oxigênio presente na água. Para melhorar essa situação, a Sulamericana instalou um sistema de injeção permanente junto às tubulações de descarga de efluentes tratados, que leva mais oxigênio para aquele trecho do rio.
Isso resulta na diminuição do DBO (Demanda Bioquímica por Oxigênio), o que favorece, por exemplo, na redução de microrganismos na água. Com mais oxigênio no rio, reduz-se o risco de ocorrer mortandade de peixes. Esse mesmo método é utilizado por grandes empresas da região, como a Corn Products do Brasil, no rio Mogi Guaçu.
Tratamento
Além da oxigenação, a Sulamericana também implantou mais um reator para completar o tratamento de seus efluentes. Agora, toda a água que sai das lagoas 1 e 2 e que passam por ciclos de decantação e biodigestão, é bombeada para o novo reator, onde é submetida a um novo processo de clarificação com um coagulante, além de mais uma etapa de decantação.
Só então os efluentes podem ser lançados ao rio. A água, apesar da aparência leitosa, chega a ser mil vezes mais limpa do que quando é captada à montante do rio Mogi Mirim. Essa qualidade pode ser comprovada pela presença de alevinos no local, fato raro naquele trecho do rio.
André Paes Leme/Assessor de imprensa da Sulamericana