Nos dias 24 e 30 de janeiro deste ano, o Rio Mogi Guaçu apresentou vazão de apenas 18 metros cúbicos por segundo, abaixo da represa da PCH (Pequena Central Hidrelétrica), na Cachoeira de Cima.
O nível é crítico para o abastecimento da cidade, feito pelo Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgotos). É por isso que a autarquia deu início a uma campanha de conscientização da população para evitar o desperdício de água.
Em janeiro de 2013, a menor vazão de janeiro foi quase três vezes superior a deste ano, quando chegou a 51 metros cúbicos por segundo. A maior vazão de janeiro de 2014 foi de apenas 67 metros cúbicos, contra 397 metros cúbicos em janeiro do ano passado.
Os números refletem o comportamento do clima. No verão atual, as chuvas têm sido raras e pouco intensas. O superintendente do Samae, Elias Fernandes de Carvalho, explica a dificuldade que a autarquia está enfrentando na captação de água.
“A nossa captação é feita na região do Limoeiro, onde a vazão está muito baixa. Estamos usando uma bomba para puxar água do rio e depositar na caixa de captação, para ser aduzida à estação de tratamento”, relata.
Diante desse quadro, Elias considera de “fundamental importância” que a população use a água para fins absolutamente indispensáveis. Em dezembro, o consumo de água correspondeu a 2 milhões e 100 mil litros por hora. Em janeiro, o consumo saltou para 2 milhões e 300 mil litros.
A possibilidade de racionamento não é considera pelo Samae. Elias aposta na contribuição dos usuários para reduzir o consumo e manter a estabilidade do sistema. Os folhetos da campanha vão chegar à casa de cada usuário.
Sob o ponto de vista a captação, a solução já está sendo encaminhada com a construção de uma nova adutora e instalação da captação na acima da barragem da PCH, dentro da represa. A obra está sendo executada.
Essa nova adutora conduzirá a água bruta por gravidade até a captação do Limoeiro. “Será uma solução definitiva”, assegura o superintendente do Samae.
Em paralelo, a autarquia projeta melhorias no sistema de reservação, para contornar problemas de falta de água em algumas áreas críticas, como Jardim Suécia, Esplanada, Alvorada e alto do Itamaraty.