Mais uma vez colaborando com o Portal Guaçuano o Professor Roberto Machado escreve um artigo agora com o Tema ” O primeiro Momentos e comenta sobre a reforma dos sonhos de Paulo Guedes.
O primeiro momento
Se sair a reforma dos sonhos de Paulo Guedes, o trabalhador estará @#$%&* e o capital externo sorrindo à toa. o que aconteceria após a reforma dos sonhos de Paulo Guedes.
O ingresso de capital esperado é para compra de ativos da União como estradas, ferrovias, aeroportos, portos, refinarias, distribuidora de energia, geradora de energia, bancos e Petrobras. Por está razão não gerara posto de trabalho, não são empresas novas, são empresa já constituída a muito tempo, pelo contrário, haveria corte de posto e redução de salário baseada na nova reforma trabalhista. Também não acredito que resultaria em queda de preço, pois são setores que não tem concorrente, são monopólio ou oligopólio.
Porque este capital ingressaria no Brasil; a taxa de empréstimos no EUA gira em torno de 1,5% a 1,75%, e a inflação chegou próximo a 3% e recuou ficando abaixo de 2%, agora em 1,86%, em outras palavras a aplicação perde para inflação. Então este dinheiro estacionado no EUA viria para o Brasil, não todo o dinheiro estacionado, uma parte insignificante deste dinheiro. O parque industrial brasileiro tem capacidade ociosa em torno de 26% em média segundo FGV, com isto não tem retorno de investimento, a maioria dos economistas estão projetando retomada da economia para 2020. A expectativa para retorno do investimento para leiloes do governo sempre acima de 8%, mesmo uma péssima gestão com expectativa de 3% é muito superior ao cenário americano atual onde o investidor perde dinheiro.
Qual outro interesse no Brasil, que estas empresas após lucrarem ao findo do balanço, vão remeter dividendo (lucro do acionista) para os proprietários sem incidência de impostos, isto só ocorre no Brasil, O Banco Itaú num levantamento feito para expandir fora do Brasil, chegou a seguinte conclusão: não compensa o investimento, quando chega o momento do dividendo o imposto come boa parte do dividendo, tornando assim desestimulante, grande risco para entrar num mercado competitivo com pouco potencial de ganho.
Então o Trabalho Temer/Bolsonaro é um só, garantir que compradores estrangeiros comprem ativos brasileiros, com possibilidades de redução de custo operacional e com garantias de que os compradores recebam seus dividendos. Reforma trabalhista (desmonte) para reduzir o máximo possível o custo operacional e a reforma da previdência (desmonte) vai garantir que os compradores recebam seus dividendos.
Um segundo momento só depois de concretado o primeiro momento. Espero que Paulo Guedes abandone o governo, assim que ele perceber que o barco está à deriva. Uma promessa de zerar o déficit no primeiro ano não passou de promessa e acredito que nem no segundo ano de governo ele conseguira zerar o déficit. Até porque o déficit é a desculpa para a reforma da previdência, assim como o governo Temer não zerou e o Bolsonaro a mesma coisa, O déficit é facilmente zerado, mas só depois de passar a reforma da previdência.
Roberto Machado