Com uma aparência de legalidade ou de algo inofensivo, supostas aplicações financeiras são oferecidas como uma ótima oportunidade de ganhar dinheiro de um jeito rápido e fácil. Esse ganho costuma ser bem maior do que o de aplicações tradicionais e por necessidade ou ganância, algumas pessoas entram em negócios que parecem ser lucrativos, mas acabam levando golpes.
Informação e atenção são as maiores armas contra essas armadilhas, mas nem sempre é fácil identificá-las, já que o nível é cada vez mais sofisticado. Por isso a Magnetis, primeira gestora de investimentos digital fundada no Brasil, listou as seis situações mais comuns em casos de fraudes em investimentos, incluindo um alerta sobre transações com Bitcoins.
1. Pirâmide Financeira
As pirâmides financeiras ou esquema ponzi, são as famosas correntes, onde um indivíduo leva outro a entrar em determinada organização em troca de rendimentos. Tem esse nome porque as pessoas da base, as últimas recrutadas, são as que garantem o ganho de quem está no topo.
“O grande problema desse sistema de negócio ocorre quando as empresas não possuem uma atividade produtiva. Elas se mantêm somente com negócios de fachada para dar credibilidade à farsa”, explica Vinicius Maeda, diretor de consultoria de investimentos da Magnetis .
A longo prazo torna-se um modelo insustentável, pois é necessário atrair cada vez mais pessoas para o falso investimento para que ele seja lucrativo. Embora tenha um grande número de serviço de publicidade e de depoimentos pessoais, é preciso questionar os fundamentos do negócio. Desconfie sempre de investimentos que prometem um ganho fixo mensal muito acima do que é usualmente oferecido pelo mercado. Consulte um especialista de investimentos para saber se é possível alcançar o retorno oferecido.
2. Marketing Multinível
O marketing multinível é um modelo de negócio baseado numa rede de contatos, em que há distribuição de serviços ou mercadorias. Nesse caso, as pessoas ganham comissões pela comercialização dos produtos ou pela indicação de novos vendedores. Há muita discussão sobre o marketing multinível ser ou não uma forma de pirâmide financeira.
Uma diferença bastante comum entre esses dois tipos de sistemas é o primeiro se caracterizar por empresas que possuem 70% ou mais da receita proveniente de vendas de mercadorias. Enquanto isso, o segundo não atinge esse patamar, uma vez que o faturamento basicamente vem do recrutamento de novos adeptos.
Em certa medida, o marketing multinível se assemelha a uma atividade empresarial, porém, o interessado deve desconfiar das atitudes de “empreendedorismo de palco”, nas quais o produto a ser vendido é o método para atrair mais pessoas para o projeto.
3. Mercado de Forex
As operações com forex movimentam trilhões de dólares com grande liquidez e potencial para ganhos significativos, onde o indivíduo faz apostas na valorização de uma moeda sobre outra, como dólar e euro. Mas essas operações podem significar dores de cabeça para o investidor no futuro.
Existe uma grande diversidade de pares de moedas para se operar e, geralmente, as pessoas fazem transações através de alavancagem, que é um mecanismo pelo qual você pode multiplicar a força do próprio capital, através de um financiamento com uma instituição, como uma corretora, que permite a transação. Por exemplo, se você tiver R$ 1 mil e opera como se tivesse R$ 10 mil, está alavancando 10 vezes, multiplicando os ganhos e as perdas na mesma proporção.
“Um dos problemas do Forex é que ele não é um mercado regulado no Brasil. Logo, não é fiscalizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nem pelo Banco Central (Bacen). Desse modo, o investidor não poderá se resguardar quanto a uma eventual fraude, diferente dos casos que envolvem aplicações aprovadas pelas entidades de supervisão do mercado financeiro nacional”, explica Maeda.
Vale lembrar que a CVM proíbe até mesmo que representantes estrangeiros de corretoras que atuam com Forex façam recrutamento de clientes no Brasil. Como a modalidade de aplicação é permitida em outras nações, as operações só são feitas pela internet, por conta e risco do interessado.
4. Transações com Bitcoins
O mercado de moedas digitais vive constante ascensão, com destaque para o Bitcoin que passa por altas sucessivas. Por outro lado, analistas alertam para o risco da bola financeira, já que os fundamentos para o crescimento expressivo ainda não justificam tal elevação, pelo fato das criptomoedas ainda não serem tão utilizadas para transações convencionais, como por exemplo, comprar produtos.
Por estar em evidência na atualidade, com adesão de investidores que há pouco tempo não o consideravam como opção de aplicação, o bitcoin também passou a ser utilizado em golpes sobre investimentos, e o pior, associados a pirâmides e a marketing multinível. Em Brasília, por exemplo, muitas vítimas caíram no golpe da moeda falsa Kriptacoin.
Você já deve ter ouvido o ditado: “quando a esmola é demais, o santo desconfia”. Logo, fique atento a promessas de rentabilidade acima do comum e cheque o histórico da empresa que oferece o serviço.
5. Sites de apostas
Os sites de apostas prometem ganhos significativos, por exemplo, por meio do trading esportivo, em que os participantes apostam nos resultados dos jogos de futebol.
O problema ocorre quando, de repente, o site fica fora do ar e o aplicador perde todo o dinheiro investido, sem ter a quem recorrer. Por não ser uma atividade regulamentada, a oportunidade de ganho pode esconder diversas armadilhas, como grupos mal-intencionados, que só querem roubar o dinheiro de quem muitas vezes, entrou no negócio por “brincadeira”.
6. Pessoas que se passam por profissionais de investimentos
Ofertas tentadoras de ganhos de 5% ao mês, destinadas a um grupo seleto de investidores, e outras histórias do mesmo tipo, infelizmente são muito comuns, e muitas pessoas ainda caem nelas, até mesmo por falta de conhecimento.
Para fugir desse tipo de golpe, cheque o registro CVM dos profissionais e das entidades que procuram te oferecer aplicações, porque para atuar no mercado de capitais, tanto empresas quanto profissionais, precisam ter o registro aprovado da CVM, que é a entidade que estabelece as regras para produtos e serviços financeiros.
No site da CVM, na parte do “Cadastro Geral de Regulados” você pode checar o CNPJ das empresas que oferecem serviços relacionados a investimentos, como fundos, gestoras, consultorias e corretoras.
Como se prevenir?
Existem diversos golpes ligados a investimentos, infelizmente por mais que tenham muitas pessoas sérias no mercado, existem aquelas que querem se aproveitar da falta de conhecimento dos investidores. Para não cair nessas armadilhas, tenha sempre em mente que: quanto maior for o retorno do investimento oferecido, maior tende a ser o risco. Lembre-se sempre de saber em que você está investindo para reduzir a chances de prejuízos.
Além disso, cheque sempre o histórico da empresa que você investe, junto aos órgãos reguladores, e procure saber se há alguma garantia para seus investimentos em caso de falência ou calote.
No caso de algumas aplicações em renda fixa (como CDBs, RDBs, LCs, LFs, LCIs e LCAs), existe o Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Ele assegura aplicações e depósitos de até R$ 250 mil por instituição financeira, no limite de R$ 1 milhão por CPF.
Você também consegue consultar as aplicações registradas sob o seu CPF por meio do Canal Eletrônico do Investidor (CEI), da B3 (antiga BM&FBovespa). No caso dos investimentos em títulos públicos, as aplicações podem ser consultadas no portal do Tesouro Direto.
Saber identificar um possível golpe ou fraude financeira é importante para proteger os seus investimentos.
Magnetis é a primeira gestora de investimentos digital fundada no Brasil. Desde 2015, usa a tecnologia para ajudar as pessoas a investir no que importa, oferecendo a melhor rentabilidade ajustada ao perfil de cada cliente. Com algoritmos que escolhem as melhores carteiras e um time de consultores sempre à disposição, já montou mais de 230 mil planos de investimento e tem mais de R$ 250 milhões sob gestão. Foi vencedora do prêmio Fintech Awards Latam em 2017, na categoria modelo de negócios. É parceira da GPS Investimentos, subsidiária do grupo suíço Julius Baer e maior gestora independente de patrimônio de alta renda no Brasil, e da Easynvest, corretora de valores com mais de 50 anos de atuação no mercado.
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